É, só posso dizer uma coisa: Brasil, um país de poucos.
(Mari N.)
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É, só posso dizer uma coisa: Brasil, um país de poucos.
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Talvez, a maioria das pessoas nem tenha ouvido falar de Sarah Fimm.Eu, pelo menos, nunca ouvi uma música dela nas rádios por aqui.E isso é uma pena.Sarah Fimm é uma cantora e compositora norte-americana.Até então, nenhuma grande novidade, certo?A diferença está na voz marcante de Sarah.Suas músicas são verdadeiramente fortes, com letras costuradas por uma certa melancolia.Diria até que, às vezes, ela chega a ter uma interpretação meio obscura.A música de Sarah toca a alma.Sim, e toca tão profundamente que é melhor tratar de segurar as lembranças, porque elas virão à tona quando o som começar.Não sei qual a magia que nasce junto com a música de Fimm.Tudo que sei é que há um poder que desperta os velhos fantasmas em nós.Porém, não se assuste.Sarah é tão emocionante que, por outro lado, parece saber confortar você.Pelo menos, o meu coração se sente confortado toda vez que a escuto.É um sentimento de compreensão que nasce de cada letra.
Fimm transpassa o limite.Ela chega ao centro de todas as grandes sensações.Chega ao ser.É livre.É intensa.É arrebatadora.E muitas de suas músicas tratam justamente desse "ser" como uma essência particular, pertencente a cada um, como em "Be what you wanna be", do álbum "Nexus", ou "Be like water", do álbum "A Perfect Dream".E ela também tem a capacidade de nos fazer sentir, de nos fazer pensar, e de nos fazer perceber as coisas mais importantes ao redor.As coisas que ainda estão vivas.As coisas que não vão mais voltar.Ou as coisas que realmente importam.Sarah Fimm é magnífica, com uma voz privilegiada.Quando a escutei pela primeira vez, lembrei de Tori Amos e Sarah McLachlan.Acho que a McLachlan é a mais conhecida entre as duas, principalmente pela música "Angel".Devo diz que ambas são ótimas também.Acho Tori Amos brilhante.E os temas das músicas de Tori são, em geral, um choque para as pessoas.Porém, ao ouvir os 7 álbuns da Sarah Fimm, percebi que ela é incomparável.Tori Amos que me perdoe, mas Fimm me toca mais fundo.
O melhor álbum, entre os sete que ouvi ("Cocooned", 2001; "A Perfect Dream", 2002; "Nexus", 2004; "White Birds", 2009; "Red Yellow Sun", 2009; "The Vanishing Sessions (B-Sides Part I)", 2009; "Near Infinite Possibility" , 2011), é "Red Yellow Sun".Mas todos são maravilhosos.Tenho uma queda enorme por "A Perfect Dream" e "Near Infinite Possibility".Ah, "Nexus" é lindo também, e é justamente nesse álbum que tem a música "Be what you wanna be", que diz mais ou menos assim: "I've been lost inside my mind / I forgot that I am free /I can be what I want to be", e completa dizendo "I will be / I can be/ Be what I wanna be / I can exist / Within this reality/ And be what I want to be".Perfeita, não é?Só ouvindo para ter uma pequena noção do quão incrível é essa cantora.
Segue algumas músicas da magnífica Fimm:

Nesse álbum, a música Valhala e Cocooned são as que mais chamam a atenção.As letras dizem tudo.






Acho que não há dúvidas quanto ao talento de Fimm.É preciso tomar uma overdose musical diária de Sarah, e viver realmente a sua música, para permitir que ela toque o lugar mais escondido que há em você.
(Mari N.)
A tirinha abaixo não reflete a realidade. Isso é óbvio. Ela tem mais a ver com um exercício de reflexão. Qualquer pessoa, com o mínimo de bom senso, sabe que homens praticamente não possuem o risco de sofrer um estupro. Eles, ao saírem de casa, não saem com medo de uma agressão sexual. Eles, ao andarem sozinhos, não andam por aí temendo ser a próxima vítima de um estupro. Eles, ao viverem, não são inseridos dentro dos parâmetros da “feminilidade”, que tantas vezes é usado para justificar a agressão física ou verbal que a mulher sofre, tomando a vítima como culpada. Eles não sofrem violações ao longo dos anos.Imagine a sensação trazida pelo risco de sofrer algum tipo violação todos os dias, e durante as 24 horas completas de cada dia(agressão não tem hora), ao longo 365 dias por ano, pelo resto da sua existência. Imaginou?Pois é isso que nós, mulheres, passamos ao longo da vida.As violações que são relativizadas pela maioria dos homens. Violações que eles gostam de chamar de "cantadas".E as "cantadas" vão desde o assédio verbal até às passadas de mão ou sarros em ônibus e metrôs.A tolha da liberdade feminina já vem desde antes do nascimento, e segue a vida inteira, porque é o patriarcado reafirmando à mulher que sua existência não é autônoma e que, portanto, é baseada em condições, e essas condições devem obedecer à supremacia masculina.Essa reafirmação permite a manutenção de um sistema de hierarquização de sexos, e endossa os papéis de gênero, usados para subalternizar a mulher e aniquilar qualquer tentativa de emancipação feminina.
O problema é que até o mínimo de sensibilidade e respeito é negado à mulher.Riem das vítimas de estupro(os pseudo-humoristas que o digam).Negam que exista estupro no Brasil, e que a afirmação da existência da agressão sexual é uma forma da mulher praticar o aborto( os religiosos beócios que o digam).Ou tentam culpar a vítima pela violência sofrida(homens e mulheres machistas que o digam).É até mesmo comum ouvirmos frases que tiram a culpa do agressor, como: "mas onde você estava?" ; "você estava sozinha?" ; "devia ter sido mais cuidadosa"; ou a famosa "o que você estava vestindo?". E não há nada pior que essa transferência de culpa.Não há nada pior para uma vítima do que ser tratada como culpada por algo que é produto de uma sociedade machista, que acredita que a mulher é uma extensão, e não um ser completo, autônomo, possuidor de direitos que definem qualquer ser humano, sendo o principal deles o direito à vida.Mas até esse direito nos é negado.Dar o status de humano à mulher entra em choque com a objetificação que nos é imposta por todas as instituições.Caso isso acontecesse, teriam que nos reconhecer como iguais, e consequentemente a estrutura opressora seria quebrada. A classe dominante não quer perder. A classe dominante, composta pelos homens, não quer abrir mão dos privilégios. Pelo menos, a absurda maioria dos homens não abriria mão dos benefícios que o sistema de dominação proporciona. E, enquanto isso, precisamos conviver com os produtos do machismo, sempre uma mácula a nossa liberdade de ir e vir, a nossa liberdade de ser.
O estupro não tem a ver como desejo, ou com o próprio ato do sexo.Sexo não é isso.Mas a mente pequena das pessoas machistas não permite a reflexão.E não permite porque a desconstrução prejudica a lógica da dominação.O estupro, para quem não sabe, tem a ver com poder.É a reafirmação de "quem manda ali".É o ódio escancarado às mulheres.O estupro é produto do machismo.É um produto sintomático, e que tantas vezes é encoberto pela nossa sociedade misógina.O estupro não é uma piada.O estupro não é uma artimanha das "evas malditas para abortar pequenos cains".O estupro não tem a ver com a roupa que a mulher veste, com o lugar que ela frequenta, ou em que companhia ela sai.E sabe por quê?
"A pesquisa realizada pelo Instituto de Segurança Pública do Rio de Janeiro, o "Dossiê Mulher" apresenta dados espantosos e alarmantes, mas dentre as várias graves questões apresentadas, uma delas é mais gritante, se é que podemos classificar dessa forma os estupros, ameaças e lesões corporais dolosas, 23,2% das vítimas da violência sexual são crianças de 0 a 9 anos. Isso é brutal e imoral. E segue com outros 30,3% que se encontram na faixa etária entre 10 e 14 anos. - Fonte: http://www.inesc.org.br/noticias/noticias-gerais/2011/abril/pesquisa-do-isp-revela-que-criancas-e-adolescentes-representam-53-5-das-vitimas-de-estupro-contra-a-mulher-em-2010"
Essa estatística diz muito, não é?Acho que nem é preciso completar e dizer que nada no mundo justifica o estupro.Simplesmente porque o estupro nem deveria existir.Já que existe, obedece uma lógica.Se a lógica tem a ver com o poder, deriva de um processo de dominação, em que há o dominador(estuprador) e o dominado(vítima).Se há duas vertentes opostas, e uma delas se apresenta como dominadora, configurada pela idéia de poder, é porque essa vertente se reconhece como superior.E essa mesma vertente, dita superior, reconhece seu oposto(antagonismo derivado do ordenamento organicista que se desdobrou para o âmbito social), a mulher, como um ser inferior, um objeto que deve garantir sua satisfação, sendo essa a satisfação do poder.E já que o estupro ocorre majoritariamente com mulheres quer dizer que os estupradores(sim, os homens) herdaram a idéia de superioridade de algum lugar, e é a idéia de supremacia que precede os atos de violência contra a mulher.E nem é preciso pensar muito para perceber que a idéia de superioridade nasce do machismo.O machismo é um mal que precisa ser extinto para que haja humanidade.
Espero que as pessoas tenham um pouco mais de empatia pelas mulheres vítimas de estupro, principalmente os homens, que não sabem o que é viver sob a pressão da misoginia. Que eles imaginem como seria se a situação fosse inversa. E se eles fossem as vítimas? E se eles vivessem o risco de uma agressão sexual diariamente? E se eles fossem culpabilizados pela violência sofrida?E se eles sentissem, na pele, como a falta de empatia machuca, e como ela também promove a banalização da agressão física, verbal e psicológica?Será que esse exercício de reflexão despertaria o mínimo de respeito pela dor de outra pessoa?Sinceramente, eu espero que sim.Tomara que eu ainda esteja aqui quando a humanidade de fato começar a se estabelecer.
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(Mari N.)
"Então violência será o uso de uma força para obter do indivíduo ou grupo aquilo que eles não querem consentir espontaneamente.Assim ela se exerce sobre um homem ou grupo de homens com o objetivo de alcançar o que a palavra e a persuasão não obtêm, por isso, diz Domenach, a violência ataca sempre uma liberdade e, mesmo quando destrói, é mais para submeter do que para aniquilar.
Essa é uma afirmação pessoal para que esta análise possa ser entendida.Não é uma opção por uma escola ou por um autor, aliás, numerosos e divergentes.
Na compreensão do fenômeno cultural, segundo Jean Paul Audet, de acordo com seu modelo cultural, é fundamental a análise do fenômeno na sua gênese pré-cultural, na soleira da cultura. “É a linguagem que faz aparecer a violência”, diz Éric Weil.
“O homem, ser falante – ou, se se prefere, ser pensante – é o único a revelar a violência, porque é o único a procurar um sentido, a inventar, a criar um sentido para a sua vida e seu mundo, um sentido para a vida num mundo organizado e compreensível através da referência à vida, como região do sentido da vida.Só o homem conhece e designa a violência.”
- Adair C. Peruzzolo em Violência, direitos e cidadania, no livro Cidadania/Emancipação.
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Agostinho baseou seu raciocínio de mundo nos escritos de Platão, na cultura greco-romana, bem como nas escrituras judaico-cristãs, suas referências fundamentais. Dessa forma, apresentou conceitos sobre a vivência do homem calcada na vocação natural que este tem em consistir sua sobrevivência no meio terrestre se relacionando com seus semelhantes.

Para tanto, a política, segundo o santo, surgiu a fim de reger as relações entre os homens. É daí que toma forma o princípio mais importante dos dizeres de Agostinho, concretizando-se no que tange a vida em Cristo. O homem é um ser transcendente, sempre em busca da paz e da felicidade. Esta tão procurada felicidade terá consistência quando todos os membros da comunidade humana, especialmente os governantes, aceitarem e praticarem o culto ao Deus verdadeiro. O ser divino deve ser sempre o alicerce e o centro das ações humanas. Além disso, para se conquistar a ordem e a tranquilidade não se deve restringir a política à finalidade única de resolver os problemas de caráter material; também se deve direcionar aos objetivos da alma.
O objetivo da política, para o bispo, assim como nas relações humanas, não se pode limitar a um tipo de valor, mas sim, considerar tantos os valores dos bens materiais, terrestres e necessários, como os valores que precedem o valor absoluto, que é Deus (relação entre o corpo e a alma). Explica isto quando diz que a felicidade em Cristo basta a si mesmo, porém não ocorre da mesma forma com os homens, pois Aquele é eterno, absoluto e perfeito e estes, transcendentes e pecadores. Portanto, a política deve ter o princípio relativo, voltado para a eternidade, a fim de evitar o desvirtuamento da ordem divina, quando existe uma superioridade das vontades, das paixões desordenadas, proporcionando a vitória dos interesses de grupos particulares em detrimento do bem coletivo.

Logo, pode-se imaginar que o Estado, para o santo, nasceu sob a necessidade humana da convivência em sociedade, e não foge à regra divina quanto às funções que este deve exercer para tornar a vida dos cidadãos um pouco mais comedida. O Estado justo deve submeter os habitantes da comunidade à ordem divina e promover os direitos destes, reconhecendo-os. Deve haver a combinação dos mais dessemelhantes indivíduos para se dominar os pecados e as paixões.

Os projetos político-administrativos e humanitários da Cidade Terrestre precisam impor duas bases em Deus, assegurando a paz temporal sob a consciência a respeito da impossibilidade de definir a felicidade absoluta no meio terreno, que só será alcançada na Cidade Celeste. A virtude principal que deve haver é o princípio cristão da caridade, calcada na comunhão e na partilha dos bens materiais.
Santo Agostinho explica que foi a busca incessante pelos interesses particulares dos dirigentes da República Romana, provocando o caos através das revoltas populares sob a desigualdade, que a fez enfraquecer, chegando a ruir. Portanto, a concepção agostiniana para se evitar tal desordem se concretiza no amor a Deus, materializando-se na supremacia dos desejos da alma em relação às paixões da carne.

O conceito de ética para o hiponense se apoia no amor. Com isso, prevê que a idéia que desempenha o papel vital nas ações do homem é a submissão completa da criatura ao seu Criador, visando à eternidade. De antemão, o cidadão deve amar o próximo como a si mesmo, tendo Deus acima de todas as coisas. A fé e a oração são a força motriz que garante a prudência, a justiça, a fortaleza e a temperança. A felicidade é resultado de uma vida virtuosa. A visão de sociedade parte da percepção elementar de que a ética é uma doação de Deus, nascendo em cada indivíduo e desdobrando-se para a uma dimensão social.
(Bia G.)
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ão e permissividade de expressão.A primeira consiste em responsabilidade, e não tão somente no auto direito de verbalizar aquilo que parte de um julgamento subjetivo, constituído por uma herança de símbolos culturais, e que, portanto, não obrigatoriamente está submetido à lei de concórdia social(respeito ao bem-estar coletivo).E, em termos de direito à liberdade de cr
ença, não é preciso discutir.É assegurada, a cada indivíduo da nação, a prática de sua crença.Teoricamente, claro.Desde que essa crença não seja produto de uma cultura afro, ou pagã, porque, então, direta ou indiretamente, sabemos que os movimentos fundamentalistas vão caçá-las, tal qual fazem com os homossexuais (porque, de fato, esses grupos fundamentalistas não se importam com a igualdade.Mas sim com a imposição e aniquilação das variabilidades sociais).E os homossexuais são o alvo da vez.A marcha para Jesus, ocorrida no dia 23 de junho de 2011, em São Paulo, virou ato contra os direitos homossexuais:
marcha tenha ido professar o amor a Deus, a outra parte, e essa é mais relevante por acusar um sintoma de perseguição, estava lá para combater a igualdade.Sim, combater a igualdade.O que é verdadeiramente triste partindo de um ser humano que conclama a liberdade de expressão, a liberdade de crença, e combate a liberdade de ser de um o
utro semelhante.E, por mais paradoxal que pareça, são movimentos cristãos.
iro, segundo Jesus, é irrestrito, porque, se você coloca condições, deixa de ser amor e passa a ser conveniência), a não-acusação, o desapego material cedem espaço para o orgulho.E esses ensinamentos são deixados de lado porque, de fato, na cabecinha dessa gente ignorante, não é apropriado despir-se de preconceitos.Imagina dar todo o seu dinheiro aos pobres e viver da forma mais simples possível.A verdade é que esses grupos praticam aquilo que convém a sua visão de mundo, em uma forma de fazer a manutenção dos benefícios particulares.Nunca vi nenhum deles se destituir de todos os bens materiais e viver unicamente para Deus.Pelo contrário, vejo vários
pastores ficando ricos às custas das ovelhinhas.Pastores capitalistas que usam a fé e a ignorância alheia para fazer fortuna. Empunham a bandeira de defensores dos valores morais, onde esses valores são os mesmos que perpetuam a segregação social.E acusam, humilham, perseguem, aqueles que são diferentes.Mas não só os evangélicos andam nesse momento de caça às bruxas.


pregam um conceito torto, torpe, mesquinho de amor, impregnam ódio no substrato social.Óbvio que nem todos os cristãos são assim, vide a dona Jovelina das Cruzes, que mostra ser possível conciliar fé cristã e legitimação da diferenças.Mas ultimamente, tudo que vejo é essa onda de conservadorismo, que teima em impor leis religiosas, e que tenta desmontar toda a qualidade daquilo que é laico.
rdade de algum grupamento social.Crime é a relativização dos assassinatos de homossexuais.Crime é a violência física-psicológica-social que a mulher sofre todo dia.Crime é a segregação racial.Crime é a estratificação econômica.Crime é usar o kit anti-homofobia como moeda de troca para manter político antiético. Crime é ser representante do povo, mas deliberar sendo norteado pela fé particular, e colocá-la acima do bem-estar da população, que pluricultural. Crime é fazer piada sobre vítimas de estupro.Crime é marginalizar pessoas com alguma limitação física ou psicológica.Crime é usar o nome de um deus para humilhar e subalternizar pessoas inocentes.Crime é a quebra da isonomia social.Isso sim é crime.Ou melhor, isso sim deveria ser crime, porque, infelizmente, nosso país ainda garante um liberalismo quase patológico no âmbito da “manifestação de pensamento”.Algo que não é liberdade, porque fere a dignidade do outro.É, sim, uma permissividade doentia, de infiltração das mais mordazes ideologias classicistas.Ausência do respeito, do bom senso, da legitimação da diferença.É a ferida aberta no coração da política.Falar, de forma irresponsável, as crenças individuais não significa livre exercício do pensamento.Significa livre exercício da manutenção de privilégios.Significa livre exercício da sobreposição de costumes.Significa livre exercício de um processo etnocêntrico.A liberdade que muitos conclamam não passa da liberdade de ofensa.É a forma prática de imputar, ao outro, o grupo diferente, padrões comportamentais.Fazer o outro ser enxergado como amoral, mesmo que seja impossível ser amoral. A
fastar o outro do centro das decisões sociais.A permissividade doentia é exercida, sobretudo, por grupos conservadores, grupos que se colocam em posição “civilizada”, como algo excepcional.E só essa reorganização dos espaços sociais mostra a crença na superioridade, que vai embutida nos discursos de ódio que esses defensores da liberdade preconizam.A liberdade de expressão, para eles, não passa de um instrumento de coerção.A repressão à diferença.A repressão à luta pela igualdade.
de ser preconceituoso, de assegurar que a diferença não exista, e que essa linearidade social possa garantir seus privilégios classicistas.O permissivo é o ignorante.É a personificação de tudo que não deve existir na política.
Essa política inclusiva é ética, porque obedece os direitos inalienáveis do indivíduo.



