
Mary e Max – Uma Amizade Diferente é uma animação baseada na técnica stop motion, em que cada cena é fotografada quadro por quadro.
O longa é inteiramente moldado a base de argila: as cenas, os personagens etc. Estilo, ainda que arcaico comparado ao revolucionário 3D, atrai um bom público entre os amantes da arte cinematográfica da animação. Adam Elliot é o responsável pela direção e roteiro do filme cujo gênero se enquadra como drama e comédia.

Elliot é um renomado escritor e diretor de animação, sempre prezando pela confecção tradicional de seus filmes, entre longas e curtas, não se utilizando de adicionais digitais ou imagens geradas por computador para melhorar a estética visual. Ganhou Oscar de melhor curta por Harvie Krumpet e vários prêmios de festivais pelo mundo por Mary e Max.
A cand
ura curiosidade de Mary foi o que moveu os primeiros contatos com Max ao sortear um nome num livro dos correios. Era uma garotinha de oito anos, australiana e movida por uma sensível solidão. Tem uma mãe alcoólatra e cleptomaníaca. Co
stuma contar à filha que sua bebida era um tipo de “chá para adultos” e que “pegava emprestado” alguns produtos da prateleira do supermercado para “economizar sacolas”.



Já o pai era um comprometido com seu trabalho e viciado em seu hobbie: a taxidermia. Geralmente não desfrutava muito tempo com Mary. Seus únicos amigos eram “Os Noblets”, bonecos do seu desenho animado favorito feitos por ela mesma com conchas, goma e pompons e um galo que nomeou como Ethel.

A vasta diferença etária entre os interlocutores pode causar um impacto à primeira vista ao relacionar este fato à pedofilia, gerando preconceito. Isto se concretiza, até mesmo, por meio da mãe de Mary que não aceitará que sua filha tenha amizade com um “doente” do outro lado do mundo.

Max era passível de uma grande dificuldade em compreender as pessoas da cidade onde vivia, tinha uma mentalidade compassivamente lógica e literal, não entendia o motivo dos seres humanos organizarem toda uma estru

A singularidade do filme baseado em uma história real (inspirado por um amigo de correspondência novaiorquino, segundo o diretor australiano) é o encanto de como é tratado o entrelaçar das vidas dos dois protagonistas, de forma que a inocência se revela através da interpretação das correspondências feita por cada um com o passar dos longos vinte anos de uma improvável amizade.

Trailer:
(Bia G.)
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